Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, o deputado federal Gustavo Gayer enfatizou a importância da votação do PL da Censura, imposto aos deputados com um estranho pedido de urgência. O deputado disse: “é muito triste saber que o debate foi levado para um nível tão baixo quanto este a que tem sido levado! Ou quando eu vejo, do outro lado da tribuna, Parlamentares do outro espectro político usarem tragédia ou morte, usarem sofrimento de famílias brasileiras, de pais e de mães, para tentarem empurrar goela abaixo uma narrativa que é completamente desconectada da realidade! É de partir o coração que estejamos debatendo num nível tão baixo assim”.
Gustavo Gayer pediu a cada parlamentar que faça um exame de consciência. Ele disse: “a decisão que vamos tomar aqui, hoje, será um legado que vamos deixar para a próxima geração. Então, não vote pelo que seu Líder determinou! Não vote pensando naquele cargo ou naquela emenda, mas vote pensando nos seus filhos! Porque, eu tenho certeza, isto nós temos em comum: o amor pelos nossos filhos! Ou a garantia de que deixaremos para eles um País livre, e não uma ditadura!”
O deputado reconheceu que o país já vive em uma ditadura, que o PL só visa consolidar. Gayer disse: “Os acontecimentos dos últimos 2 dias já nos mostram que não será preciso esse PL para que nós vivamos em uma ditadura. Basta olhar o que este Governo tem feito nos últimos 2 dias, perseguindo uma empresa, a maior empresa de Internet do País, o Alexandre de Moraes determinando que os presidentes dessas empresas compareçam à Polícia Federal, o Ministro da Justiça determinando que a empresa faça uma propaganda contra si própria, contra a sua própria existência”.
Gayer alertou: “todos nós nos envergonharemos de ter sido Deputados no dia 2 de maio de 2023, se isso aqui passar. Eu não falo apenas pela baixeza do debate. Pensem no legado que ficará para o nosso País. Legado, entendam o peso dessa palavra, o legado que nós deixaremos”.
O deputado fez um apelo: “Escutem o clamor das ruas! Escutem o clamor das pessoas que estão agora, talvez pela última vez, usando as redes sociais e pedindo socorro. Se isso aqui passar, o efeito vai ser contrário. Nós jogaremos os nossos filhos para a d** web, aquela parte obscura da Internet, porque eles terão medo de usar a Internet padrão”. Ele acrescentou: “Se esse PL passar, nós sentiremos vergonha pelo resto das nossas vidas. Pelo menos eu não quero ter esse sentimento diante dos meus filhos”.
Muitos brasileiros já estão vivendo, há muito tempo, sob o jugo de uma ditadura, em que seus direitos e garantias fundamentais estão sendo desrespeitados, com a complacência do Congresso Nacional. O país tem presos políticos e pessoas, jornais e sites censurados. A totalidade da renda da Folha Política, e também de outros canais e sites conservadores, está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em uma decisão que recebeu o respaldo dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de mais de 22 meses de trabalho de jornais, canais e sites conservadores estão sendo retidos sem previsão legal.
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